A proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$5 mil mensais volta ao centro das atenções do Congresso Nacional nesta semana. O texto, que será analisado na sessão deliberativa do Plenário nesta quarta-feira (5), a partir das 14h, promete aliviar o bolso de milhões de brasileiros. Além disso, o projeto prevê descontos progressivos para contribuintes com renda entre R$5 mil e R$7.350, beneficiando uma faixa ainda maior da população.
Enquanto o governo busca garantir mais justiça tributária, o texto também propõe a criação de um imposto mínimo para quem recebe acima de R$ 50 mil por mês. Essa medida serviria como compensação pela perda de arrecadação gerada pelas novas isenções.
Projeto avança com apoio do governo
Antes de chegar ao Plenário, o Projeto de Lei 1.087/2025 passará por uma análise detalhada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). A reunião está marcada para esta terça-feira (4), e o relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), deve apresentar seu parecer favorável à proposta.
Nos bastidores, a expectativa é de que o relatório receba apoio expressivo da base governista, o que pode acelerar a tramitação. A equipe econômica, liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aposta na aprovação ainda este ano. Assim, o novo modelo de cobrança do Imposto de Renda poderia entrar em vigor já em 2026.
Governo mira alívio fiscal e mais equidade
De acordo com o Ministério da Fazenda, a proposta tem um duplo objetivo: reduzir a carga tributária da classe média e tornar o sistema mais equilibrado. A medida busca corrigir uma defasagem que, há anos, prejudica quem ganha menos e não acompanha o aumento do custo de vida.
Haddad destacou que o governo pretende corrigir distorções históricas e garantir que o contribuinte que ganha menos pague proporcionalmente menos impostos. Com isso, o Executivo espera aumentar o poder de compra e impulsionar o consumo interno, fortalecendo a economia nacional.
Impactos esperados no orçamento público
Para equilibrar as contas, o projeto prevê um imposto mínimo sobre grandes rendas, incidindo sobre contribuintes com ganhos mensais superiores a R$50 mil. Essa nova cobrança busca compensar as perdas decorrentes das isenções e descontos oferecidos às faixas de renda mais baixas.
Segundo técnicos da Fazenda, a medida não deve gerar desequilíbrio fiscal, pois o impacto positivo no consumo tende a aumentar a arrecadação indireta. Assim, o governo acredita que o efeito líquido será neutro ou até positivo para o orçamento federal.
Reforma pode beneficiar milhões de brasileiros
Especialistas apontam que a nova isenção pode beneficiar mais de 14 milhões de contribuintes em todo o país. Para quem ganha até R$5 mil, o alívio no orçamento mensal será considerável. Já para os que recebem entre R$5 mil e R$7.350, os descontos graduais reduzirão o valor do imposto pago, ampliando o poder de compra dessas famílias.
Além de favorecer a classe média, a medida também pode estimular o consumo, já que muitos contribuintes terão mais dinheiro disponível. O comércio e o setor de serviços devem sentir o impacto positivo dessa injeção de renda no mercado interno.
A proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil representa um marco na política fiscal brasileira. Com potencial para beneficiar milhões e impulsionar a economia, o texto busca corrigir distorções históricas e promover um sistema mais justo.
Se aprovada, a medida entrará em vigor em 2026, trazendo um novo fôlego financeiro para famílias e trabalhadores. A expectativa agora é de que o Congresso avance com rapidez, garantindo que a promessa de alívio tributário finalmente se torne realidade.